por Thiago Fonseca.
Vacina é a palavra do momento.
Antecipa-se no mundo inteiro e em cada lugar a chegada dela.
Enquanto isso, todos teremos de continuar com as medidas de prevenção.
Como o uso de máscaras, o distanciamento social entre outras.
Mas uma coisa é certa: As marcas não podem seguir esse mesmo caminho.
Porque distanciamento social entre uma marca e o seu público é o pior que pode acontecer.
É preciso aproximação. Quem não aparece não existe.
E uma marca é uma relação contínua entre ela e os seus consumidores.
Ao contrário de nós, as marcas, agora mais do que nunca, não podem nem devem usar máscara.
Mas sim mostrar a sua verdadeira cara.
Tudo o que se aplica a nós como seres humanos, não se aplica às marcas.
Mesmo assim, algumas empresas parecem estar à espera de uma “vacina” para continuarem com a vida normal da sua marca.
A pandemia do COVID-19 atingiu o seu pico neste início do ano em Moçambique.
Nem o País, nem as marcas que aqui operam estão imunes a esta realidade.
É um facto também que a humanidade continua.Adapta-se.
E continua a viver e a consumir produtos e marcas.
Alguns segmentos de anunciantes chegaram inclusive a crescer durante a crise.
Enquanto outros tiveram sintomas graves como dores-de-cabeça fortes.
Sintomas sentidos sobretudo pelos gestores.
E quando isso acontece procuram-se soluções que tenham efeitos rápidos. Promoções, retalho. Um comprimido com efeitos imediatos no fundo. Mas nada que funcione a médio e longo prazo.
Mas é neste momento que ninguém pode perder o olfacto. Nem deixar de sentir as tendências do mercado.
Farejar o melhor caminho é saber que nunca houve uma oportunidade melhor para construir relações tão fortes entre as marcas e os consumidores.
A sensibilidade e a atenção das pessoas nunca esteve tão alta como agora.
O mundo está atento a tudo.
É uma oportunidade para as marcas comunicarem o seu propósito e se estabelecerema longo prazo.
As marcas que fizerem isso sairão da pandemia mais saudáveis.
O tratamento a dar.
Muitas empresas estão assintomáticas e não sabem que estão infectadas por um tipo de vírus que pode ser fatal para a sua marca.
O maior sintoma desse vírus é a perda de visão.
A cura é saber investir no activo mais forte que qualquer empresa tem: a sua marca.
A única solução para as marcas é a prevenção.
E prevenir é estar presente.
Deve-se investir na saúde da marca para que ela viva uma longa vida.
Os consumidores estão cada vez mais informados e distinguem publicidade hard-selling dos conteúdos que mais escolhem e gostam.
Os meios digitais também estão a transformar-se rápido. E a mostrar o caminho que é afinal o único: Storytelling, honestidade, encantamento e magia.
Entretenimento e informação relevante. São esses os conteúdos mais partilhados e procurados pelas pessoas.
Vendo bem, as marcas que reconhecem a realidade, e que estão em sintonia com os desafios que todos temos ganham a nossa confiança, simpatia e criam proximidade e intimidade.
Valores que duram para o resto da vida da marca.
Podemos usar máscaras agora, mas podemos usar marcas para sempre.
A fórmula.
Quem está no mercado precisa de dar uma grande injecção na sua marca.
Essa injecção é composta por uma solução que combina pertinência, emoção, razão e o mais importante: Criatividade.
Criatividade é saber se adaptar.
A humanidade está a mostrar às marcas aquilo que as marcas não estão a mostrar ao mundo.
O ser-humano é extraordinário. Adaptou-se rápido e mostrou a sua resiliência face à pandemia.
Criou novos hábitos, soluções e vive cada dia de uma nova forma.
A sua marca está a conseguir acompanhar tudo isso ou está à espera da vacina?
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Thiago Fonseca - Chief Creative Officer and Partner of Agência GOLO / CEO of Grupo LOCAL Mozambique
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